segunda-feira, 30 de maio de 2011

Liberdade condicional!

Finalmente o médico marcou para eu retirar a fixação externa!!
Com 61 dias desde a operação, chegou a hora!!

Normalmente, a fixação externa deve ser removida até 15 dias após a operação e ser convertida para uma haste de titânio, que é inserida dentro da tíbia. Este é o protocolo. Mas meu caso não seguiu o protocolo médico. Devido ao bom alinhamento da fratura, e a ausência de secreções e inflamações nos pinos, somado ao tempo em que meu ferimento ficou aberto, o médico optou por deixar o tempo máximo: 60 dias.
Não poderia passar de 60 dias, pois como a fixação imobilizou por completo meu tornozelo, eu poderia desenvolver uma artrite, devido ao longo período sem movimentação. (isso pode acontecer com qualquer articulação que fica muito tempo sem movimentação).

Eis abaixo a chave da minha liberdade condicional!!


Quando você coloca a fixação externa, eles te entregam esta chave, que você deve guardar até o momento de tirar a fixação. Caso contrário, o médico terá que serrar os ferros!

Tem um aspecto deste momento de liberdade que não é muito legal... O procedimento de retirar os pinos e os ferros é feito a sangue frio, sem anestesia, como se fosse a retirada de pontos!!
Sim sim sim... você leu bem, eles retiram o pino que está parafusado no seu osso a sangue frio!

Quando eu fiquei sabendo disso, quase desmaiei só pensando na dor... não iria conseguir!! Outras pessoas que passaram por esse procedimento me disseram que o osso não dói exatamente, o que dói mais é o atrito com a carne... enfim, eu não queria descobrir essa dor! Pedi ao meu médico que o procedimento fosse feito no centro cirúrgico, para que eu não visse, senão iria ficar louca de dor e não iria aguentar.

Graças a D'eus ele aceitou fazer o procedimento no centro cirúrgico. Tive que fazer toda a preparação como se realmente fosse uma cirurgia, exames e tudo mais. Contudo, o anestesista não me deu nenhuma anestesia, somente um relaxante muscular e um remédio para dormir. Ufa!

Quando acordei, sentia um pouquinho de dor e minha perna já estava com uma tala de gesso. Segue abaixo a foto.


O médico resolveu colocar uma tala de gesso pois acreditava que meu osso já estava colado o suficiente para receber uma botinha (robofoot) depois de 1 semana. Ele optou em não converter para haste de titânio, como manda o protocolo, pelo mesmo motivo.

Qual a diferença entre tala de gesso e gesso? A diferença está no tempo em que cada um vai ficar sendo útil. As talas de gesso servem para imobilizações de carácter temporário, nas quais outro método logo será empregado. Já as imobilizações com gesso já tem carácter mais permanente, com durações acima de 1 mês.

Mesmo com a tala, ainda não podia colocar o pé no chão, e o repouso era recomendado. O que eu achei engraçado nesta tala é que ela é bem pesada. Como nunca tinha usado gesso, não sabia que pesava tanto!

Mais um capítulo da história havia sido encerrado!! Uhuu

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